23 agosto 2006

Encontro comigo

É a isto que eu chamo o meu "segundo pilar": O conhecimento de que olhar para dentro de si, com total e absoluta sinceridade, revela as respostas. Simples, como todas as leis da natureza, descobertas até agora. Simples como tudo que é genial - já ouviram composição mais simples que o “refrão” da quinta sinfonia de Beethoven? Ou a introdução de Smoke on the Water, do Deep Purple? (Duas das mais geniais composições musicais jamais criadas, cada uma em seu estilo). Esta é uma "chave" da vida, o segredo está na simplicidade. E esta é outra chave: Quando fazemos perguntas, já sabemos as respostas. Mas precisamos fazê-las, perguntar é como uma espécie de “muleta”, necessária para o inconsciente.

Logo depois de ler Ilusões, o livro que me fez enxergar um modo novo de viver a vida, minha mente se abriu para a leitura de um sem número de outros autores, como Lobsang Rampa, que apesar de ter sido um grande charlatão, também me ajudou a entender o orientalismo e seus costumes, lá no início das minhas pesquisas. Foi por causa desse controvertido autor que eu tomei conhecimento, por exemplo, do Livro Tibetano dos Mortos. Também li Anthony Norwell, Mircea Eliade, Wulfing Rohr, Huberto Rohden, entre outros. E por meio da análise destas diversas obras encontrei algo tão básico e importante para a minha busca quanto a própria descoberta deste meu segundo pilar: Encontrei exatamente a melhor maneira para aplicar, na prática, minha nova e grande descoberta pessoal (Olhar para dentro de mim para encontrar as respostas) – Encontrei a Meditação!
Eu já meditava antes, de um modo intuitivo. Acho que o faço desde que era um bebê, isto é, eu sou um ser meditativo por natureza; nunca deixei de observar atentamente a vida, dentro e fora de mim. Mas agora eu havia encontrado uma ferramenta ideal para praticar: A técnica conhecida como Meditação Transcendental. O primeiro livro que eu li a respeito foi “ O Poder da Meditação Transcendental”, do Anthony Norwell. Fiquei encantado, e, mesmo antes de procurar uma escola, comecei a praticar por conta própria, dentro de casa, ou fugindo para algum parque ou lugar isolado. A técnica nada tem de muito diferente. Praticamente a mesma coisa que meditação Zen (budismo japonês) ou C´han (budismo chinês), com o diferencial de ser (quase) completamente não-devocional. Mas o importante mesmo foram os resultados... Vinculando meu novo conhecimento, adquirido com a leitura de Ilusões, à essa nova ferramenta, cheguei finalmente à consciência de que a Verdade que eu tanto buscava não estava fora, mas dentro de mim.

"O sábio corrige sua mente inquieta, agitada, ardilosa, não-confiável, tal como o arqueiro constrói a flecha."
"Nem mãe, nem mãe nem pai, nem outro parente pode fazer tanto bem quanto uma mente bem dirigida."
"Fácil é sempre ver as faltas alheias, difícil é ver as próprias. Espalhamos as faltas alheias como a palha do trigo ao vento, mas as nossas, ao contrário, as dissimulamos, como, no jogo, um astuto trapaceiro dissimula sua fraude."
(Dhammapada versos 33, 43 e 252 )