Eu vejo!! - parte 2
Depois da meditação, abri a janela do quarto, e percebi que o sol ainda não brilhava no horizonte. Achei estranhíssimo, pois a impressão que eu tinha era de que tinha ficado por horas a fio num estado de suspensão das agitações do pensamento. Como eu tinha iniciado a sessão às 17 horas e 30 minutos, aproximadamente, naquele momento já deveria estar escuro... Saí no terraço, olhei o horizonte: Ainda devia faltar pelo menos uns vinte minutos até que o sol desaparecesse por trás de uma das torres da Av. Paulista. Em todo caso, voltei para dentro do quarto e peguei os papéis onde havia escrito coisas quando ainda em estado meditativo.
Eu havia acabado de escrever aquelas palavras, mas relendo tudo, agora, simplesmente parecia difícil crer que havia sido eu mesmo o autor! Gravados no papel, com letras que nem mesmo lembravam a minha caligrafia habitual, havia uma série de aforismos e máximas, sublimes, sobre alguns princípios básicos para uma vida espiritualizada. Pensei por um momento que somente alguém que viu a Verdade seria capaz de escrever aquilo.
Minha mente começava já, lentamente, a retornar ao estado habitual de agitação e ansiedade, e a sensação era de que o meu “eu” comum, ordinário, não seria capaz de entender aquelas palavras. Entender intelectualmente sim, o pequeno texto não era uma obra de erudição refinada/complicada, nem muito menos um amontoado de palavras ininteligíveis... Mas devo confessar que, naquele momento, eu não seria mais capaz de escrever aquelas coisas.
O valor incomum da escrita estava exatamente no significado das palavras. Eu não tenho mais esse papel (ou não sei onde foi parar, porque fora não joguei), mas haviam afirmativas sobre a transitoriedade do mundo físico, a importância de se manter a mente serena e da prática da auto-observação, e também sobre a igualdade entre todos os seres e a excelência do amor fraterno. Impressiona-me hoje pensar que coisas que apenas mais tarde eu viria a estudar, em especial quando enveredei pelas vias do hinduísmo, apareceram antecipadamente, de maneira espontânea, a partir do momento em que eu me dispus aquietar minha mente e apenas fazer uma pausa... Apenas porque eu me dispus a fazer uma pausa. Foi aí que eu percebi que, se eu apenas pudesse me acalmar, silenciar o lado racional da minha mente, esvaziando-me das preocupações materialistas, uma clareza quase sobrenatural tomaria conta dos meus pensamentos, e, conseqüentemente, da minha vida como um todo. Afinal, tudo que nos tornamos, tudo que somos e temos, começa com um pensamento.
Eu havia acabado de escrever aquelas palavras, mas relendo tudo, agora, simplesmente parecia difícil crer que havia sido eu mesmo o autor! Gravados no papel, com letras que nem mesmo lembravam a minha caligrafia habitual, havia uma série de aforismos e máximas, sublimes, sobre alguns princípios básicos para uma vida espiritualizada. Pensei por um momento que somente alguém que viu a Verdade seria capaz de escrever aquilo.
Minha mente começava já, lentamente, a retornar ao estado habitual de agitação e ansiedade, e a sensação era de que o meu “eu” comum, ordinário, não seria capaz de entender aquelas palavras. Entender intelectualmente sim, o pequeno texto não era uma obra de erudição refinada/complicada, nem muito menos um amontoado de palavras ininteligíveis... Mas devo confessar que, naquele momento, eu não seria mais capaz de escrever aquelas coisas.
O valor incomum da escrita estava exatamente no significado das palavras. Eu não tenho mais esse papel (ou não sei onde foi parar, porque fora não joguei), mas haviam afirmativas sobre a transitoriedade do mundo físico, a importância de se manter a mente serena e da prática da auto-observação, e também sobre a igualdade entre todos os seres e a excelência do amor fraterno. Impressiona-me hoje pensar que coisas que apenas mais tarde eu viria a estudar, em especial quando enveredei pelas vias do hinduísmo, apareceram antecipadamente, de maneira espontânea, a partir do momento em que eu me dispus aquietar minha mente e apenas fazer uma pausa... Apenas porque eu me dispus a fazer uma pausa. Foi aí que eu percebi que, se eu apenas pudesse me acalmar, silenciar o lado racional da minha mente, esvaziando-me das preocupações materialistas, uma clareza quase sobrenatural tomaria conta dos meus pensamentos, e, conseqüentemente, da minha vida como um todo. Afinal, tudo que nos tornamos, tudo que somos e temos, começa com um pensamento.
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