Sentir e Pensar
Na mesma época em que descobri e me entreguei com maior empenho e dedicação à prática da meditação (O que me trouxe benefícios inestimáveis), foi que tomei conhecimento do mais polêmico de todos os gurus espirituais: Rajneesh Chandra Mohan Jain, ou Bagwan Shree Rajneesh, ou simplesmente Osho. Não pretendo entrar em detalhes sobre este controverso personagem, por hora, até porque penso em fazê-lo mais adiante.
Osho fez fortuna por meio da sua pregação, a um público quase que completamente constituído por jovens. Ele provocou um escândalo internacional com suas cerimônias tântricas, que na opinião de muitos não passariam de alegres orgias sexuais. Possuía terrenos, hotéis, uma rede de casas de massagem na Europa (isto é, prostituição), e uma frota de 91 Rolls-Royces. Acusado de perversão, realização de lavagem cerebral e sonegação de impostos, foi deportado dos Estados Unidos para a Índia, onde morreu de Aids. Nos EUA, respondeu por 35 acusações e foi condenado a dez anos de prisão com sursis. Foi expulso também da Grécia, foi rechaçado da Alemanha e da Espanha, só conseguiu entrar na Irlanda porque seu piloto alegou ter um doente a bordo. Sua secretária Sheela Birustiel-Silvermann (Ma Anad Sheela) foi extraditada da Alemanha, onde estava no cárcere em Bühl, e foi condenada pelo tribunal federal de Portland (Oregon), em 1986, a quatro anos e meio de prisão, por fraude e envenenamento alimentar. A investigação revelou que centenas de jovens mulheres foram constrangidas a aceitar uma cirurgia de esterilização. E por aí vai...
O “mestre” não era fácil. Só estou publicando este pequeno resumo da sua biografia, que mais parece uma ficha policial, porque sei que até hoje existe uma profunda espécie de idolatria em torno da memória deste homem, e, desde a sua morte, muitos mitos foram criados ao seu redor, prontamente aceitos como verdadeiros pelos buscadores mais inexperientes. Em resumo: Acho fundamental mantermos um “pé atrás” sempre que nos dedicarmos a estudar os “ensinamentos” de Osho, porque entendo como perfeito o princípio ensinado por Jesus: “Uma árvore se conhece por seus frutos”(Mt. 7:15-20). Este princípio é uma verdade inexorável, impossível de ser negada. Trata-se da mais pura lógica. Uma árvore boa dá bons frutos, e não pode uma árvore boa produzir “maus frutos”.
Em todo caso, foi através do “Livro Orange”, do próprio Osho, que primeiro encontrei uma definição clara e acessível do que é meditação, e como meditar - Embora este tema seja bastante controverso: Diversas escolas apresentam definições diferentes ou contraditórias, às vezes até antagônicas, para o termo “meditação”.
E como estava entrando numa fase de procurar os chamados grandes mestres, os mais influentes mentores da humanidade no quesito “espiritualidade”, não demorei muito até tomar conhecimento da obra de Jiddu Krishnamurti, este sim, um autêntico e inquestionável filósofo, no mais elevado sentido da palavra. Um homem que negou até o fim o título de “mestre” ou “guru” espiritual, que abriu mão de ser líder da Sociedade Teosófica de Anne Besant e madame Blavatsky, o que lhe proporcionaria conforto, fama e facilidades, para se dedicar a um caminho solitário em busca da Verdade (Uma árvore se conhece pelos frutos...).
Etudando, a um só tempo, Osho e Krishnamurti. Não preciso dizer o tamanho da piração ;-). Os dois são completamente "loucos", cada qual ao seu estilo (Não vai aqui nenhum termo pejorativo. Ambos os autores se proclamam loucos, este é exatamente um dos pontos em comum na fala de ambos: É preciso “enlouquecer” para o mundo, para encontrar a Verdade). Então é isso. Aos meus vinte e um anos, eu estudava e meditava, meditava e estudava. Muito. Constantemente pedia iluminação em minhas orações. Uma de minhas técnicas favoritas para entrar em estado de meditação era a Tratak, que é um método onde o praticante foca a visão num determinado objeto, como a chama de uma vela (Acredita-se que este método tem uma grande capacidade de gerar melotonina no cérebro, e por isso mesmo, seria uma prática, em especial, potencialmente redutora dos riscos de câncer).
Mas, tenho que dizer, apenas a meditação, por si só, não bastava. Eu pensava que, se o Universo quisesse que eu ficasse apenas nesse estado de transcendência todo o tempo, então não precisaria ter nascido, poderia ter ficado no lugar onde estava antes. Eu tinha plena consciência de que estava aqui por alguma razão, havia nascido por algum motivo, e este motivo era para mim a coisa mais importante de todas. E eu tinha que começar logo! Além de tudo, os princípios e conhecimentos que adquiria através da prática meditativa eram ainda muito amorfos, isto é, não me davam um direcionamento definido para minha vida. E eu queria saber exatamente o que eu tinha que fazer. Eu queria respostas. Dentro de mim ainda vivia aquele garotinho de quatro anos querendo desvendar os grandes segredos da vida. Eu ainda queria, mais que tudo, encontrar DEUS.
Em todo caso, foi através do “Livro Orange”, do próprio Osho, que primeiro encontrei uma definição clara e acessível do que é meditação, e como meditar - Embora este tema seja bastante controverso: Diversas escolas apresentam definições diferentes ou contraditórias, às vezes até antagônicas, para o termo “meditação”.
E como estava entrando numa fase de procurar os chamados grandes mestres, os mais influentes mentores da humanidade no quesito “espiritualidade”, não demorei muito até tomar conhecimento da obra de Jiddu Krishnamurti, este sim, um autêntico e inquestionável filósofo, no mais elevado sentido da palavra. Um homem que negou até o fim o título de “mestre” ou “guru” espiritual, que abriu mão de ser líder da Sociedade Teosófica de Anne Besant e madame Blavatsky, o que lhe proporcionaria conforto, fama e facilidades, para se dedicar a um caminho solitário em busca da Verdade (Uma árvore se conhece pelos frutos...).
Etudando, a um só tempo, Osho e Krishnamurti. Não preciso dizer o tamanho da piração ;-). Os dois são completamente "loucos", cada qual ao seu estilo (Não vai aqui nenhum termo pejorativo. Ambos os autores se proclamam loucos, este é exatamente um dos pontos em comum na fala de ambos: É preciso “enlouquecer” para o mundo, para encontrar a Verdade). Então é isso. Aos meus vinte e um anos, eu estudava e meditava, meditava e estudava. Muito. Constantemente pedia iluminação em minhas orações. Uma de minhas técnicas favoritas para entrar em estado de meditação era a Tratak, que é um método onde o praticante foca a visão num determinado objeto, como a chama de uma vela (Acredita-se que este método tem uma grande capacidade de gerar melotonina no cérebro, e por isso mesmo, seria uma prática, em especial, potencialmente redutora dos riscos de câncer).
Mas, tenho que dizer, apenas a meditação, por si só, não bastava. Eu pensava que, se o Universo quisesse que eu ficasse apenas nesse estado de transcendência todo o tempo, então não precisaria ter nascido, poderia ter ficado no lugar onde estava antes. Eu tinha plena consciência de que estava aqui por alguma razão, havia nascido por algum motivo, e este motivo era para mim a coisa mais importante de todas. E eu tinha que começar logo! Além de tudo, os princípios e conhecimentos que adquiria através da prática meditativa eram ainda muito amorfos, isto é, não me davam um direcionamento definido para minha vida. E eu queria saber exatamente o que eu tinha que fazer. Eu queria respostas. Dentro de mim ainda vivia aquele garotinho de quatro anos querendo desvendar os grandes segredos da vida. Eu ainda queria, mais que tudo, encontrar DEUS.
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