26 setembro 2006

Amor: A Reposta!

Budismo não seria o Caminho. Ao menos para mim, ao menos por enquanto. E agora? Será que o Caminho para a Verdade não está nas religiões? Não me encontrei no Cristianismo, nem no católico nem no protestante/evangélico. Não me encontrei no budismo. “Me encontrei” fazendo meditação, sim, mas me parecia que não era suficiente. Precisava de um caminho definido, estruturado, para seguir, precisava saber o que estava fazendo e o que deveria fazer, e porquê. Queria encontrar um mestre, um guru, que me apontasse o Caminho. Além disso, ainda havia uma questão martelando em minha mente de sincero buscador: Sempre me lembrava da maneira especial como havia chegado até a Igreja Evangélica. E me sentia culpado por estar agora buscando DEUS em outros caminhos. Me sentia às vezes como se o próprio DEUS houvesse me mostrado o Caminho que queria para mim, e eu tivesse rejeitado. Me sentia culpado, e ainda tinha medo do castigo. Minha primeira experiência com a Bíblia, a maneira como primeiro travei contato com o que eu chamo de meu Primeiro Pilar, extremamente traumática, ainda estava guardada dentro de mim, ainda me perturbava, me tirava a paz. Por muitas vezes, me sentia perturbado durante a meditação, imaginando se eu não havia rejeitado o Caminho verdadeiro, no momento em que abandonei as igrejas evangélicas.

Entrei numa fase especialmente conturbada, pensando nessas coisas. Minha consciência não encontrava paz. Um belo dia, andando pelo centro da cidade de São Paulo, essas questões me assombravam intensamente. Pensava que não deveria ter medo, mas lembrava de uma passagem bíblica muito citada pelos evangélicos: “O Temor do Senhor é o Princípio da Sabedoria”. E agora? Devo ou não ter medo? O medo é bom ou atrapalha? E até que ponto? E eu deveria sentir medo por causa das minhas escolhas? Eu estava vindo da Galeria do Rock, e resolvi entrar numa loja "Livrarias Loyola". Pensava em abrir um exemplar da Bíblia, que eu não lia já há muito tempo, e ler alguma passagem, na esperança de encontrar orientação sobre o que fazer.

Entrei na loja, folheei algumas publicações interessantes. Então me encaminhei para a seção de Bíblias, com o pensamento intensamente focado nessa questão que me perturbava. Antes de chegar à prateleira das Bíblias, percebi, em cima de um balcão, um pequeno cesto com alguns cartõezinhos coloridos. Peguei um deles, o que estava em cima de todos. E senti um calafrio percorrer meu corpo! Ali estava exatamente a resposta que eu estava procurando:

Eu trouxe o cartão para casa.


Eu entendi que a mensagem era para mim, e era muito clara. Era como “ouvir” DEUS falando diretamente comigo! Trouxe o cartãozinho comigo, para casa, e o guardo até hoje.

A Bíblia está dividida em mil cento e oitenta e nove capítulos, subdivididos em trinta e um mil e cento e dois versículos. A cidade de São Paulo é considerada a quinta maior metrópole do planeta e a terceira mais populosa.

Quais as chances de um homem que caminha no centro dessa cidade gigantesca entrar, por acaso, exatamente nessa determinada loja, entre milhares de outras, e dentro dessa loja se dirigir exatamente ao lugar onde, por acaso, há um pequeno cesto com cartões contendo versículos bíblicos aleatórios, e, também por acaso, pegar exatamente o cartãozinho que contem o versículo que tinha a perfeita resposta para a dúvida que o atormentava naquele exato momento?

Esta não foi a única vez que algo assim me aconteceu. Mas foi uma das mais marcantes. Dei graças e parti para continuar minha caminhada. O tempo urgia, e eu tinha que achar minhas respostas. E agora podia descartar o medo irracional.